Da redação - Roberto Dias Borba - 26/6/2022 - 9h25min

As noites frias ou acaloradas dos finais de semana eram os plantões que o seu Edmundo ficava na guarita do casarão da avenida Procópio Gomes, 848 - o endereço do Jornal de Joinville. Depois de cuidar do patrimônio, logo ao amanhecer seguia com a tarefa da limpeza do terreno, como se fosse um jardineiro-guardião.

Numa destas duplas jornadas, mais cansado do que alerta, seu Edmundo já tinha recolhido as folhas que estavam cobrindo o chão quando avista no pátio interno do jornal um cidadão saindo de um carro com placas de Florianópolis. Não teve dúvidas ao achar que estava de frente com o filho que tinha saído de casa e nunca mais apareceu na frente dos pais.

"Seu sem vergonha, seu desaforado, seu isso, seu aquilo". A lista de insultos foi maior do que a pilha de lixo que tinha amontoado numa manhã de trabalho, quando chega a menos de meio palmo do pálido e boquiaberto senhor que nem teve tempo de esticar as canelas após uma cansativa viagem na BR-101 da época. Foi quando seu Edmundo descobriu que o filho continuava sem aparecer em casa. Aquela pessoa que havia ofendido era na verdade o superintendente dos Diários Associados em Santa Catarina, Roberto Tuffi Mattar. Seu Edmundo só faltou ficar de joelhos para implorar desculpas.

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Esta é uma das crônicas que fazem parte de uma futura publicação, que terá o nome de "Glória´s do Menino Jornalista", uma coletânea com mais de 600 textos em que relato fatos marcantes de minha vida e a trajetória no jornalismo joinvilense e catarinense. Apoiadores e patrocinadores são bem vindos. Aguardo seu contato para prestar mais detalhes, através do e-mail: rdbjoinville@gmail.com
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